domingo, 31 de março de 2013

[QUEM] Gaby Spanic sobre rumores de estrelismo: “Pessoas que dizem isso não têm comprometimento”

Em entrevista exclusiva a QUEM, atriz venezuelana que ficou famosa por interpretar as gêmeas Paola e Paulina na novela “A Usurpadora” nega que faça muitas exigências e reclama de colegas de trabalho que faltam com seus compromissos - Por Andressa Nascimento


Nem mesmo um domingo chuvoso na capital paulistana fez com que Gabriela Spanic, a eterna Paola Bracho da novela “A Usurpadora”, tirasse o sorriso do rosto. A venezuelana desembarcou no Brasil na quinta-feira (14) para contar de sua carreira e mostrar algumas canções de seu antigo disco, “Gabriela Spanic Total”, lançado em 2005.

Depois de seus vários compromissos, a atriz recebeu QUEM para uma entrevista e contou, em primeira mão, que pretende fazer uma edição de seu programa “Te Amo a Tiempo” no Brasil, falou sobre “Soy Tu Dueña”, novela inédita que deve ser exibida no SBT, e rebateu os rumores de que sofre de crises de estrelismo e que teria deixado uma novela que gravava por um surto. “Pessoas que dizem isso são as mesmas que não têm comprometimento”, alfinetou. 

QUEM: Provavelmente veremos a novela ‘Soy Tu Dueña’ no Brasil em breve. O que você acha de vê-la passando aqui com uma de suas maiores vilãs, a malvada Ivana Dorantes? Como é essa personagem e por que ela ficou tão conhecia mundo afora?

Gabriela Spanic: Era um papel muito complicado, muito forte, com uma patologia psicológica bem apreensiva. Ivana é uma mulher muito obsessiva pelo amor. Ela está ali, precisa de ajuda, e ao mesmo tempo, acredita que isso não é da conta de ninguém. Então, a mensagem da personagem é essa. Às vezes uma pessoa forte – de maneira geral – só age assim porque tem uma angústia, um desespero. A Ivana grita, chora, é muito louca. Às vezes não nos damos conta das nossas mudanças de comportamento e acabamos como ela, obsessiva.

QUEM: Depois de ‘A Usurpadora’, você só estrelou protagonistas. ‘Soy Tu Dueña’, de 2010, foi sua primeira novela em que coprotagonizou em muito tempo. O que acha desse trabalho de uma forma geral? 
Gabriela Spanic: O produtor me ofereceu a protagonista, mas eu, como atriz, preferi fazer a Ivana, que tinha uma linha melhor, era mais desafiadora. Ela ainda está na memória de muitas pessoas. Eu adoraria que ela passasse por aqui. 

QUEM: Além de ‘A Usurpadora’, qual trabalho você acha que marcou mais sua vida? 
GS: Não tem como eu te responder isso! ‘A Usurpadora’ é a novela da minha vida, não consigo colocar outra no lugar.

QUEM: Então, qual a segunda novela que te marcou? 
GS: Acho que Alma [“La Otra Cara del Alma”], que está sendo exibida atualmente no México. Nela interpreto uma personagem muito forte, egoísta.

QUEM: O seu contrato com a TV Azteca ainda está de pé(Gabriela Spanic sofre com os rumores de que teria rompido o contrato após um surto)? O que podemos esperar agora, com o término das gravações de “La Otra Cara del Alma”? 
GS: Sim! Ainda tenho mais dois anos e meio de contrato com a TV Azteca e farei mais uma novela, que vai ser exibida no ano que vem. No momento, estou produzindo um programa que se chama “Te Amo a Tiempo México”, que revelará o lado cultural de cada país. Falaremos das comidas, da decoração, trajes típicos, histórias de amor. Falarei do que o povo ainda mantém como sua tradição, como por exemplo aquele avô que começou com seu trabalho, que passou para o filho, que passou para o neto, e assim por diante.

QUEM: Embora você more há anos no México, sua terra natal é a Venezuela. Por que fazer um programa sobre este país? 
GS: Graças ao México sou o que sou. Fiquei conhecida quando fiz “A Usurpadora”. Devo muito a eles por isso. No entanto, o programa é muito ambicioso e pretendo fazer mais edições em outros países. Em breve quero fazer uma edição “Te Amo a Tiempo Venezuela”, “Te Amo a Tiempo Croácia” e, claro, “Te Amo a Tiempo Brasil”. Quero viajar por todo o mundo com ele. Na verdade, eu adoraria fazer alguns episódios de “Te Amo a Tiempo Brasil” para transmiti-los na época da Copa do Mundo [risos].

QUEM: Você mantém relação com seus colegas de elenco das novelas?
GS: Meu amor, não tem como manter uma relação de amigos, porque neste mundo é muito complicado, é tudo muito corrido. Depois de “A Usurpadora”, por exemplo, já fiz vários outros trabalhos, fui para os Estados Unidos, então a gente acaba não encontrando tempo para fixar um laço forte de amizade com os colegas. No entanto, guardo boas memórias de todos: as cenas, as piadas, as brincadeiras.

QUEM: Muita gente diz que você não é fácil de se trabalhar, que você é bastante estrela e cheia de mimos. O que você gosta e o que te incomoda no trabalho e nesses comentários?

GS: Na realidade, o que me incomoda muito é a falta de comprometimento das pessoas que dizem isso. Sem citar nomes, mas já cheguei a esperar horas; três, quatro horas por atores e atrizes atrasados antes de começar a gravar. Gente que chegava sem ter o texto decorado, sabe? É extremamente desagradável. Claro, não posso generalizar. Muitas pessoas que trabalharam comigo foram super profissionais, como o Fernando Colunga, por exemplo (que também atua em ‘Soy Tu Dueña’). Mas com outros artistas, tive alguns problemas sim.

QUEM: O que mais te encanta no Brasil? 
GS: Ai que pergunta difícil! [risos] Não tem como eu falar uma coisa, eu amo tudo daqui! Gosto de tudo.




FONTE: REVISTA QUEM

Nenhum comentário:

Postar um comentário